top of page

Das galerias às ruas

     O artista Luiz Gonzaga decidiu começar a fazer trabalhos artísticos nas ruas de Juiz de Fora há mais ou menos um ano. Segundo ele, a visibilidade da obra é muito maior: “A exposição é só aquilo ali mesmo, naquele número certo de dias, e não é todo mundo que vai conseguir ver. E vai mesmo só quem já tem interesse no assunto, enquanto na rua todo mundo que passar ali vai ver”, acredita.

 

     Quando tem a oportunidade de desenhar em um muro, por exemplo, Luiz pensa em fazer algo que se integre ao ambiente, caracterizando-o. Ao escolher o local, o artista tira uma foto e concebe o que pode ser feito ali. Esse foi o caso de “Sinalizador” (2013), na Avenida Brasil.

Foto: Luiz Gonzaga

Muro sem as intervenções artísticas de Luiz

Foto: Ludmila Azevedo

Muro com as intervenções artísticas de Luiz

    Além de exibir sua arte em muros, recentemente criou os “Simpáticos”, que são carinhas sorridentes pintadas em pedras de concreto. Espalhados pela cidade, esses bonequinhos se popularizaram por serem capazes de alegrar o local onde estiverem. Há Simpáticos no bairro Cruzeiro do Sul, próximo ao Carrefour; no centro da cidade, próximo ao Mergulhão; e na entrada do bairro Bandeirantes. Essas obras foram tema de exposição no Colégio de Aplicação João XXIII, no último mês de novembro.

Foto: Ludmila Azevedo

     Luiz Gonzaga foi convidado a participar do projeto “Arte na Faixa”, idealizado pela Secretaria de Transporte de Juiz de Fora (Settra) para incentivar a consciência no trânsito. “A pintura que eu fiz retrata várias pessoas andando, invertidas em relação às outras, se entrecruzando, representando o direito de ir e vir do cidadão”, explica. A faixa personalizada por ele se encontra entre a rua Espírito Santo e a Avenida Rio Branco, próxima à Unimed.

Foto: Luiz Gonzaga

     O artista, que chama seus projetos de “Gonzaguianos”, por vezes se representa através de um personagem, o “Menino de Boné Vermelho”. “Digamos que ele é uma espécie de pichador. Ele desenha no muro, mas ao terminar sente que algo tem algo faltando ali. Aí ele rabisca, faz uma linha vermelha, como se fosse pra você interpretar o que ele quis dizer com aquilo”.

Foto: Ludmila Azevedo

Foto: Ludmila Azevedo

© 2014 Cultura nas Ruas. 

bottom of page