ruas de juiz de fora por estêncil
Um novo estilo de arte vem tomando as ruas de Juiz de Fora. Rostos formados por letras estão em alguns paredões da cidade e os responsáveis pelo feito são os integrantes do coletivo T!po Assim. O grupo, formado pelos estudantes de design gráfico Leo Lima, Rubens Müller, Allan Willian, Carol Andrade, Daniel Cruz, Gui Marinho e Arthur Berbet, teve contato com tipografia em um dos trabalhos da faculdade, ministrado pela professora Tainá Novellino. A partir daí decidiram trabalhar com a técnica, mas de uma forma diferente. Conheça um pouco mais sobre o coletivo T!po Assim no vídeo abaixo.
O coletivo viu na caligrafia e no estêncil uma opção ideal de apresentar a tipografia de forma atrativa e visualmente interessante para a população.
A caligrafia, diferente do que muitos pensam, é um tipo de arte visual e não apenas uma escrita bela. Uma definição contemporânea da caligrafia coloca esse termo como representante de uma arte de dar forma aos sinais de uma maneira expressiva, harmoniosa e habilidosa.
O estêncil - não exatamente como temos hoje - é talvez uma das técnicas mais antigas que a humanidade encontrou para se fazer arte, presente desde a época das cavernas, passando por diversos povos como egípcios, chineses, japoneses, dentre outros. A partir de 1450 ganhou destaque na Europa principalmente na ornamentação de igrejas, pisos e móveis. A técnica se popularizou, muitas pessoas passaram a utiliza-la devido sua fácil execução. A partir da década de 80 o estêncil ganhou seu espaço nas ruas, aumentando seu valor artístico graças ao contato com movimentos como o new wave e o punk.
A pintura em estêncil faz uso de um molde (feito em papel, plástico, acetato, ou outro), para transferir um desenho para alguma superfície (metal, madeira, MDF, papel, etc.). Os desenhos podem ser números, letras, símbolos, ilustrações. A aplicação se dá principalmente através de tinta spray, que preenche os espaços vazios por onde passa.
O trabalho realizado pelo coletivo T!po Assim nas ruas de Juiz de Fora possui diversas etapas e o processo pode ser bem demorado. Veja na galeria a seguir as etapas de umas das intervenções realizadas pelo grupo na Avenida Rio Branco.
Foto: arquivo pessoal do coletivo
A pedido de nossos repórteres, os artistas do Coletivo realizaram uma demonstração do passo a passo do trabalho em uma placa de isopor. Vale destacar que a demonstração acabou rendendo a descoberta de um novo estilo que agradou o grupo! Acompanhe o processo de demonstração no vídeo a seguir.