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“Vale a pena olhar pra cima das vitrines”

 

Vítor Ribeiro Halfeld é natural de Juiz de Fora. Formado em Ciências Biológicas pela UFJF, ele nos conta um pouco da sua relação com o famoso sobrenome. 

 

 

 

Por Vaninha Black

E ele explica  a história da sua família “O primeiro Halfeld a chegar na cidade que é tido como fundador foi o Henrique Guilherme  Fernando Halfeld, engenheiro alemão, engenheiro militar também, participou inclusive da batalha de Walterlook contra Napoleão Bonaparte do lado do comandante Nelson da Inglaterra. Então pode-se dizer que Henrique Guilherme Fernando Halfeld estava na batalha que vence Napoleão Bonaparte. E tendo vencido Napoleão ele ganhou a amizade da família imperial portuguesa e brasileira, então foi convidado a vir ao Brasil, trabalhar, ganhar muito dinheiro e um dos trabalhos foi a construção da avenida Rio Branco que na verdade foi um atalho pro caminho do ouro, de Ouro Preto que chegava até a capital que era o Rio de Janeiro. Antes o caminho passava pela estrada real, era um caminho bastante sinuoso e a avenida Rio Branco vem em linha reta reduzir parte deste trajeto. E tendo se instalado por algum tempo na cidade e  deixou família aqui, e a rua tem o nome do fundador de sua cidade.O Parque Halfeld por sua vez tem esse nome  em homenagem ao seu neto Francisco Mariano Halfeld.”

 

Vítor brinca em relação ao distante o grau de parentesco desta árvore genealógica “Tô bem longe bem longe do começo dessa árvore (risos). Eu sou tetraneto do Henrique Halfeld. Mas fica aí a consideração de fazer parte dessa história da  cidade. Sou bastante orgulhoso disso.”

 

A sua relação como cidadão de Juiz  de Fora pela rua não é diferente para ele “A rua halfeld pra mim tem o mesmo valor que qualquer cidadão juizforano. É um importante centro de comércio de serviço da cidade, um lugar bonito, bastante característico da cidade, mas não é tão aconchegante por toda  a preocupação que se deve ter em todo lugar movimentado no centro da cidade com o porte de Juiz de Fora. É um lugar qe procuro pra contratar algum serviço, pra adquirir algum bem.”

 

Ele não restringe a  importância da Halfeld somente a prestação de  serviços mas também a sua parte cultural como a arquitetura,os espaços  e as manifestações  “A gente não pode deixar de lado evidentemente e aí e destaco todos os caminhos para qual a rua Halfeld leva. Então a gente tem o complexo arquitetônico da Praça da Estação, o Cine-Theatro Central juntamente com a galeria perpendicular a rua, o edifico Juiz de Fora que tem painéis do Portinari, a própria Funalfa, o parque Halfeld, as galerias também são patrimônio da cidade e acho rara as cidades do Brasil que têm  esse complexo de galerias como a gente encontra aqui e nas ruas adjacentes.  Então e acho que mesmo o comércio ser m carro chefe do porquê as pessoas estarem na rua ,vale a pena olhar pra cima das vitrines, tem vários prédios antigos e a arquitetura desses prédios passa despercebidas pela maioria das pessoas. Tem um patrimônio maior do que é vendido nas vitrines”.

 

Em relação ao sobrenome,Vítor leva na esportivas as brincadeiras que fazem com ele  e vê de modo negativo qualquer possibilidade de levar  alguma vantagem  em relação ao nome “Geralmente quando me apresento, falo meu nome, aí um poço tempo depois as pessoas me perguntam se sou domo da rua Halfeld, se sou dono do Parque Halfeld, mas eu levo todo na brincadeira porque a rua e a praça são bens públicos e não tem que ser mudado, não tem que restringir só a família, nada disso, pelo contrário, tem que ser valorizada para o público, para a população de Juiz de Fora. Esse espaço é da 

população de Juiz de Fora que continue sempre assim,as pessoas tendem a relacionar o nome com famílias de elite como se isso ainda tivesse alguma importância na sociedade juizforana. Eu acho que nos dias de hoje muitas pessoas são valorizadas pelo trabalho, ainda mais no dia de hoje onde estão tendo mais oportunidades, isso definitivamente perdeu espaço na nossa sociedade e ainda bem. Eu sou completamente contrário a esse tipo de elitização da sociedade”.

 

Ele ainda lembra um caso curioso que lhe aconteceu “Certa vez eu fui no banco aí pra pegar a senha do banco a gente mostra o cartão né? , aí o funcionário do banco olhou meu carão e falou esse daqui tem pedigree, aí eu falei tá me chamando de cachorro cara? (risos) , ele ficou um pouco sem graça, mas eu levo tudo na brincadeira qualquer comentário associando meu nome a rua e a história da cidade, mas não tenho nenhuma vantagem e abro mão de qualquer vantagem relacionada a isso.”

 

E para ele a rua se define em uma palavra certeira que diz muito não só sobre ela, mas como toda a cidade de juiz de Fora “Pluralidade. Todos os cidadão de Juiz de Fora considerando faixa etária, lugar da cidade onde vive, escolaridade tem seu espaço na rua, as possibilidade de utilização do espaço e a abertura dos cidadão, ela é infinita. “

Vida Cultural no Calçadão

Igor Visentin, Jéssica Vitorino, Jordan Pereira e Vaninha Black

Faculdade de Jornalismo - UFJF

 

 

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